Sede da Junta de freguesia

O que lhe damos a ver não é mais que a breve introdução a um livro muito extenso e cativante. Ou, se a um livro preferir a boa mesa -opção igualmente válida no legítimo reino da oferta cultural - o que aqui lhe damos a provar não passa do aperitivo a uma refeição apetitosa e abundante.
Em qualquer caso (livro e/ou repasto), o que há a saborear é esta delícia que dá pelo nome de... S. PEDRO DE RATES - Terra cujo remotíssimo povoamento (o nome, latino, diz tudo) a fertilidade do solo favoreceu, Terra que foi (até 1836 - data da malfadada reforma administrativa de Mousinho da Silveira) sede de um pequeno concelho cujos símbolos estão presentes na Praça, Terra que ostenta (orgulhosa!) as marcas arquitectónicas de um passado ímpar na região (a igreja românica, o centro histórico...),. Terra que ao abandono a que foi votada (durante século e meio) pela nova sede de concelho respondeu (quando minimamente dotada de condições de autonomia administrativa) com novo ímpeto desenvolvimentista que conduziu à recuperação da sua antiga dignidade (o estatuto de Vila, readquirido em 1993) e sobretudo a uma nova vivência comunitária que, no respeito pela matriz identificadora e pelo carácter que a moldou como Terra muito singular, faz de S. Pedro de Rates um "caso" a seguir com atenção.
Venha daí..., caminhe pelas ruas e caminhos que lhe mostram a alma agrária de uma Vila cheia de Equipamentos e Serviços que dão qualidade a quem aqui vive, suba a Serra de Rates e, do alto da sua cumeeira, olhe o extenso vale onde assenta a mais fértil agricultura de Entre Douro e Minho (Rates é o maior produtor nacional de leite e de carne - sabia disto?), deixe por instantes o verde intenso dos pinheiros e, atravessando o vale todo fragmentado por muros de xis to,. suba à elevação do lado nascente,. que foi,. em tempos não muito distantes, espaço comunitário e, por isso, sítio onde o "proletariado" local edificou, em espontânea desorganização, um cogumelo de casebres que viria a ser substituído, na sequência de um intenso fluxo migratório, pelas vistosas construções que hoje dão a este espaço (a Serra do Monte e o Monte de Guardais) um ar urbano concentrado que contrasta com o restante território da Vila.
Ou queria que lhe dissesse tudo?
O resto... fica por sua conta.
Por mim, acho que ficaria sem ponta de interesse uma visita que - garanto eu - tem tudo para lhe interessar.
Cá o espero.

O Presidente da Junta

Armindo Ribeiro da Costa Ferreira

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